| Apresentação |
A discussão de gênero e sexualidade na escola é necessário e urgente. A escola, assim como a sociedade que integra reproduz relações de desigualdade entre meninos e meninas, entre heretossexuais e pessoas LGBTQIAPN+, entre cisgêneros, transsexuais e travestis.
O Brasil é o país que mais mata mulheres e pessoas da diversidade sexual, sem contar os números de abusos ocorridos que se encontram inseridos no cotidiano dos/as estudantes de todas as idades. De acordo com o Atlas da violência 2024, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea): “Na última década (2012-2022), ao menos 48.289 mulheres foram assassinadas no Brasil. Somente em 2022, foram 3.806 vítimas, o que representa uma taxa de 3,5 casos para cada grupo de 100 mil mulheres”; e de acordo com dados da Agência Brasil, o país continua há 15 anos como o país que mais mata transexuais e travestis.
É na instituição escolar que muitas crianças e adolescentes irão conviver pela primeira vez com a diversidade no que diz respeito a gênero e sexualidade. Almeida afirma que “as instituições, e principalmente as escolares, sendo um conjunto de normas, padrões e relações de controle condicionam o comportamento dos indivíduos (2019, p. 27). Portanto, a escola pode contribuir para a construção de padrões de sociabilidade que valorizem a igualdade de gênero. |