| Apresentação |
Justificativa: A Lei nº 10.436/2002, o Decreto nº 5.626/2005, a Lei nº 13.146/2015 (LBI) e a Lei nº 14.191/2021 reconhecem a Libras, garantem o direito à educação bilíngue e afirmam a necessidade de oferta de recursos de acessibilidade linguística para estudantes surdos em todas as etapas da educação básica e superior. No contexto das culturas digitais, narrativas em Libras, produções de literatura surda e canais online de contação de histórias tornam-se espaços privilegiados de afirmação identitária, mediação de leitura e expansão da Libras como língua minoritária. Formar educadores, estudantes e profissionais para compreender e utilizar essas práticas constitui passo essencial para qualificar ações pedagógicas bilíngues, fortalecer o protagonismo surdo e enfrentar práticas capacitistas ainda presentes nas instituições de ensino.
Objetivo geral: Discutir e experimentar o uso de novas tecnologias digitais na contação de histórias surdas online, articulando educação bilíngue (Libras/Língua Portuguesa) e literatura surda como ferramentas de mediação de leitura, acessibilidade e valorização da identidade surda.
Objetivos específicos: Apresentar fundamentos legais e conceituais da educação bilíngue de surdos e da literatura surda.
Analisar exemplos de narrativas em Libras disponíveis em plataformas digitais (como YouTube) e seus potenciais pedagógicos.
Refletir sobre o papel de produções surdas e booktubers surdos/assinantes na difusão da Libras e na construção de repertórios visuais.
Elaborar propostas didáticas remotas que utilizem contação de histórias surdas online em contextos escolares e formativos.
Resumo da proposta
Minicurso remoto de 8 horas, destinado estudantes dos cursos: Libras Libras Avançado e Instrutor de Libras na temática. A partir de referenciais da educação bilíngue de surdos e da literatura surda, serão discutidas experiências de contação de histórias em Libras no ambiente digital, com análise de vídeos, canais e projetos produzidos pela comunidade surda. Os participantes serão convidados a planejar atividades pedagógicas que integrem novas tecnologias, narrativas visuais e recursos bilíngues, fortalecendo práticas educativas mais acessíveis, críticas e alinhadas às legislações vigentes e às pautas de reconhecimento linguístico e cultural da comunidade surda. |