| Apresentação |
Na zona leste de São Paulo, uma série de associações de produtores orgânicos urbanos vêm promovendo mobilizações para a ampliação de hortas comunitárias. Dentre eles destaca-se a Associação dos Agricultores da Zona Leste, no distrito de São Mateus. A organização atua em torno das hortas comunitárias e oferece não apenas garantias de renda para os produtores, mas também possibilidades de ampliar os horizontes de práticas e saberes de agriculturas alternativas que se espraiam para as esferas educativas, de desenvolvimento socioambiental local e de saúde pública. A agricultura urbana e a produção orgânica de alimentos expandem seus horizontes num contexto mundial marcado por intensa urbanização e acirradas discussões envolvendo temáticas acerca da saúde humana e meio ambiente. Nesse ínterim, importantes estudos vem sendo realizados, denunciando impactos agressivos à saúde humana e ao meio ambiente por práticas descompromissadas da dita agricultura convencional' (CARNEIRO et al, 2015). Nesse intento, as práticas de agricultura orgânica desenvolvidas nas áreas rurais da metrópole paulistana e no interior do espaço urbano do município de São Paulo se tornaram expressivas nos últimos anos. Só na capital há 420 unidades de produção agrícola para fins de comercialização, cadastradas no levantamento realizado pela Supervisão de Abastecimento (Abast) em conjunto com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). A maior parte delas situa-se na zona Sul (320). Neste cenário, 14 unidades são certificadas como orgânico e cerca de 15% recebem assistência técnica (CODAE - SME/ São Paulo). Na zona leste de São Paulo, uma série de organizações não governamentais e associações de produtores orgânicos urbanos vêm promovendo mobilizações coletivas para a ampliação de hortas comunitárias e escolares. Os objetivos do trabalho de campo são: - fomentar ações transformadoras a partir de discussões teóricas indissociáveis de práticas alternativas de agricultura no público discente, tendo como referência as experiências de agricultura urbana e orgânica desenvolvida numa das regiões de maior adensamento demográfico da metrópole de São Paulo, - construir uma discussão integrada sobre Agriculturas Alternativas a partir das esferas pedagógica, econômica, socioambiental e cultural em contraponto ao paradigma dominante da 'agricultura convencional' apoiada no consumo desenfreado de agroquímicos, na dependência energética e tecnológica da utilização de combustíveis fosseis, em agressões ao meio ambiente e a saúde humana; - possibilitar que as vivências compartilhadas no trabalho de campo suscitem práticas coletivas nas ações docentes, com forte alcance transformador e integrador dentro e fora dos 'muros da escola'. A Metodologia e Avaliação da atividade de trabalho de campo se apoia na: - observação direta e participante dos estudantes no trabalho de campo, a partir de caderno de campo, representações cartográficas e material para registro fotográfico e; - na confecção de painel fotográfico que será exposto no campus São Paulo do IFSP. As ações da atividade de campo são restritas às e aos estudantes da disciplina Geografia Agrária, ( SPOGEAG) do terceiro semestre letivo do curso de Licenciatura em Geografia do IFSP campus São Paulo. Todas( Todos) as(os) discentes apresentam idade superior a 18 anos e o ponto de encontro será às 9h nas catracas da estação Guaianases da CPTM ( Linha Coral) . O acesso ao local em tela se dará ainda por meio do acesso a uma linha de ônibus ( 2707-10 - Metrô Itaquera- Chabilândia) e mais uma caminhada de 5 minutos até a Rua Wilson Ackel, 638 onde se localiza a Horta Comunitária da Vila Nancy. Todo o custo do transporte público será feito pelos estudantes. A previsão de encerramento da atividade é por volta das 14h.A certificação se ancorará no preenchimento de um link de inscrição e em lista de presença dos participantes em tela, confirmada posteriormente no SUAP. |